quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Unidos em prol da boa música: Ummagma e Nameless


Divulgação
 No mês passado, o blog Canibal Vegetariano escreveu sobre uma banda chamada Ummagma em relação ao seu debut álbum duplo, em meados de julho. Já desde então eles têm produzido um novo single, juntamente com o psych-rock Nameless (UA, Ternopil), cuja música pode ser nova para o Brasil, embora eles não sejam um grupo novo em tudo. Na Ucrânia, a banda é considerada uma das principais fundadoras da cena underground do rock de música, a partir do ano em que a União Soviética entrou em colapso.

A música "Leão e Abelhas" foi gravada e produzida por Alexx Kretov (de Ummagma) no estúdio Ummagma de recodificação. Ambas as bandas vivem em Ternopil (Ucrânia Ocidental). Sweetlana Poramor e Zoryan Bezkorovajny de Nameless dizem que esta canção é inspirada pela vida em sua cidade e composta por seu amigo Vasyl Makhno, um famoso poeta ucraniano que vive em Nova York.

Nameless é uma banda neo-psicodélica ou psicodélico-folk fundada em 1992 e ainda está forte, enquanto a maioria dos grupos da cena rock no início pós-soviético não existem mais. Esta banda, que faz parte do Coletivo Davenport, um selo independente com sede em Cleveland, toca música que está enraizada na estética dos anos 1960.

É uma surpresa bem-vinda para Ummagma e Nameless criar música juntos. Enquanto a música do Ummagma, primeiro lançamento em dois álbuns apresenta um mix de dreampop, rock progressivo, pós-rock, pós-punk, rock etéreo / ambiente, e indie, esta última versão continua a demonstrar a flexibilidade de seu som. Esta versão também introduz ao trabalho de Nameless. Enquanto Ummagma, como um duo canadense/ucraniano, oferece onda progressista internacional, Nameless nos traz o que é uma voz única e bela do oriente.




créditos:
Sweetlana poramor - vocais, pandeiro, teclados
Zoryan Bezkorovajny - guitarra, vocais
Alexx Kretov - guitarra, bateria, gravação, produção


Ummagma links:

Nameless links:



New Project: Ummagma Teams Up with Nameless

Divulgação
Last month Canibal Vegetariano wrote about a band called Ummagma in relation to their double album debut in mid-July. Already since then they have produced a new single, together with the psych-rock band Nameless (UA, Ternopil), whose music may be new to Brazil, although they are not a new group at all. In Ukraine, this band is considered to be one of the main founders of the underground rock music scene in Ukraine, beginning in the year that the Soviet Union collapsed.

The song "Dandelions and Bees" was recorded and produced by Alexx Kretov (from Ummagma) in Ummagma’s recoding studio. Both bands live in Ternopil (western Ukraine). Sweetlana Forlove and Zoryan Bezkorovajny from Nameless say that this song is inspired by life in their city and composed by their friend Vasyl Makhno, a famous Ukrainian poet now based in New York.

Nameless is a neo-psychedelic or psychedelic-folk band founded in 1992 and is still going strong, while most groups from the early post-Soviet rock scene no longer exist. This band, which is part of the Davenport Collective, a Cleveland-based indie label, plays music that is rooted in the aesthetics of the 1960s.

It’s a welcome surprise for Ummagma and Nameless to create music together. While the music on Ummagma’s first two albums presents a mix of dreampop, progressive rock, post-rock, post-punk, ethereal/ambient, and indie rock, this latest release continues ot demonstrate the flexibility of their sound. This release also introduces us to the work of Nameless. While Ummagma, as a Canadian/Ukrainian duo, offers us international progressive wave, Nameless brings us what is a unique and beautiful voice from the East.

Credits:
Sweetlana Forlove - vocals, tambourine, keyboards 

Zoryan Bezkorovajny - guitar, vocals 

Alexx Kretov - guitar, drums, recording, producing


Ummagma links:

Nameless links:


sábado, 22 de setembro de 2012

De marginais a ídolos


Vida Sobre Rodas - tudo sobre a história do skate no Brasil - documentário - 108 minutos

Os que antes eram considerados marginais em uma época distante, atualmente são ídolos e tratados com o devido respeito de esportistas. Só quem praticava skate no século passado sabe o quanto foram alvos de preconceitos. Mas o tempo passou e após muitas dificuldades, o skatista passa a ter valor, ainda um tanto quanto aquém do que merece, mas muito melhor do que há cerca de 20, 25 anos.

E para saber mais sobre a história do skate no Brasil, o amante do esporte pode conferir o documentário "Vida Sobre Rodas" de Daniel Baccaro. O vídeo mostra o início do esporte no país do futebol. Os poucos lugares para prática do skate, os primeiros heróis da modalidade, o estilo de vida de cada, as dificuldades a serem superadas entre outros.

Além de retratar os skatistas brasileiros, o filme mostra momentos importantes da política e da economia brasileira e o quanto influenciaram, seja para bem ou para o mal, no futuro do esporte. O vídeo mostra imagens raras e vários conflitos ideológicos entre governantes e skatistas.

Outro ponto positivo da película é referente aos depoimentos, não só dos principais skatistas brazucas, como Bob Burnquist, Sandro Dias, Lincoln Ueda, Sérgio Negão e Cristiano Mateus, como também relatos dos principais nomes internacionais como Tony Hawk e Christian Hosoi.

Assim como o documentário “Botinada, a origem do punk no Brasil", "Vida Sobre Rodas" também é um relato importante do underground nacional, feito com pessoas que viveram e fizeram a história do esporte. Mas ele não é indicado somente para os skatistas, mas para todas as pessoas que se interessam por esportes radicais, história e lições de vida.

Segue trailer sobre o filme:


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Os 'brutos' também amam


O título refere-se ao estilo de Jara (Horacio Camandulle), personagem principal do filme uruguaio "Gigante", de 2009, que recebeu vários prêmios em mostras de cinema pelo mundo afora. Jara é um segurança de supermercado que trabalha no período noturno no setor de monitoramento por câmeras. Ele é o tipo de cara que está completamente fora dos padrões de beleza ditados pela grande mídia. Este é outro segredo para este filme que não fica preso aos padrões estéticos ditados pelo cinema estadunidense.
Jara é grande, obeso, ouve rock "pesado" e está sempre com camisetas de bandas como Biohazard e Motorhead. Ele é o cara que ouve música o tempo todo. Quando não curti um som, joga vídeo game com o sobrinho ou tira um cochilo no sofá.
Um dos grandes trunfos deste filme é que ele mostra pessoas simples, com jeito simples de viver. Jara é um guarda e através de seu trabalho apaixona-se, de maneira platônica, por uma faxineira que ele vive a observar pelas câmeras espalhadas pelo supermercado. Assim como muitos homens, o fortão tem dificuldades em conversar com a garota e na maior parte da película fica apenas a observar a amada. Mesmo no momento em que está de folga, Jara não deixa a garota sumir de suas vistas. Ele a persegue pelas ruas de Montevideo, em lan houses, lojas, praia e outros locais.
O filme tem locações modestas que encaixam perfeitamente com seus personagens. Mesmo com pouco diálogo, as expressões dos artistas prendem a atenção do telespectador. Sobre a trilha sonora, o amante de música pesada irá curtir, pois em vários momentos há citações de bandas e rola um som de fundo.
Para encerrar, o filme surpreende pelas questões humanas que atravessam fronteiras, os problemas sentimentais. Esta película é uma grata surpresa do cinema uruguaio, que produz poucos filmes, mas quando produz, busca estórias em dramas pessoais e demonstram isso sem o peso melancólico de outros cinemas por aí. Vale a pena você dar uma conferida.