terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Rarozine lança coletânea ‘Banidos’

German Martinez, editor do Raro Zine e
responsável pelas coletâneas. Foto:
Acervo Pessoal
Inspirado em uma canção da banda estadunidense Bad Brains, o zine/selo Raro Zine lançou na última semana a coletânea dupla “Banidos”. “A compilação tem como ideal trazer à tona bandas que passaram pelo Raro Zine Fest no decorrer deste ano, quando conseguimos nos aventurar pela organização de eventos, mesmo que seja de pequeno porte e isso nos trouxe muita satisfação”, revelou o editor do zine e responsável pelo projeto, German Martinez.

Martinez comentou que no início sua ideia era lançar a segunda edição do “Bragança Resiste”, mas devido à falta de material para preencher todo o disco, lembrou-se dos festivais que organizou. “Por este motivo se consolidou a ideia de registrar esse momento que passamos com bandas que possuímos apreço. Durante oito eventos pudemos compartilhar de ideias e momentos”, comentou.

Com participação de mais de 25 bandas através dos fests onde bandas de várias localidades se apresentaram como Jundiaí, Taubaté, São José dos Campos, Portugal, Rio de Janeiro, São Paulo, além de bandas gringas e das cidades onde foram realizados os festivais.  

As faixas que compõem o disco partem desde viagens psicodélicas até o grindcore político, com passagem pelo sludge, ou mesmo hardcore melódico, até chegar em garage rock. “As bandas são das mais distintas pois o objetivo principal do Rarozine é mesclar influências em seus shows e ocasionar uma união talvez inesperada”, apontou Martinez.

A coletânea é constituída em 2 volumes com 25 canções de todas as bandas que se apresentaram nos dois locais que cederam espaço para realização dos eventos (Casa Auá e Casa das Mangueiras). “As coletâneas são completamente gratuitas para download em nosso bandcamp. Ano que vem terá edição física [dupla] em CDR com três faixas bônus”, explicou.

A arte disco ficou por sob responsabilidade de Fernando Bueno (Bacantes), em uma tradução gráfica que dispôs de alienígenas na capa. “Tudo que fizemos para esta coletânea, entre eles o nome escolhido retrata a forma de expressão de todas as bandas e do próprio zine, remar contra a maré, contra aquilo que é estereotipado sobre nós, nós manifestando como ‘contracultura’, em eventos articulados por nós mesmos, sem apoio financeiros ou culturais. Acreditamos que desta forma podemos transmitir nossos verdadeiros objetivos com união de música e arte”, afirmou o editor.

LEPTOSPIROSE

E além do lançamento da “Banidos” em cd duplo ano que vem, Martinez falou também sobre o projeto que iniciou os trabalhos há pouco tempo. Segundo o editor do Raro Zine, a ideia é lançar tributo aos bragantinos da Leptospirose, banda que comemorará 15 anos de estrada em 2016. “Serão 15 bandas que gravarão versões das músicas do Leptos. Entre as bandas participantes estarão: Drákula, Muzzarelas, Os Estudantes, Renegades of Punk, Sujeito a Lixo, Camarones Orquestra Guitarrística, entre outras. É um projeto a longo prazo mas espero que seja lançado em breve”.

Para encerrar, Martinez lembrou que o zine virou selo virtual e para o próximo ano, além do tributo ao Leptospirose, trabalhará em outros lançamentos. “Vamos lançar novas bandas, entre elas Framboesas Radioativas, La Burca e Duo”, encerrou.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Feliz aniversário Jesus: Biggs e Drákula de presente

Se o aniversário de Jesus é realmente no final do mês não podemos afirmar, nem se ele realmente é o Cristo, isso é questão de fé! Mas que um homem chamado Jesus nasceu há mais de 2 mil anos isso é fato e aproveitamos o momento para parabenizá-lo. Mas a poucos dias do aniversário, quem ganhou presente foram os fãs de rock, com apresentações de Drákula e The Biggs no Quintal do Gordo, em Campinas.

O sábado estava quente, muito quente. O início da festa estava prevista para 18h. Cerca de 40 quilômetros separam a sede do Canibal Vegetariano do quintal. Quando saímos de Itatiba, forte chuva despencava. O caminho foi todo com chuva e quando chegamos ao local do evento, a tormenta persistia.

Conseguimos entrar no quintal após 19h30, com menos chuva. Aos poucos ela diminuiu e o público chegava com guarda chuva ou mesmo de táxi. Quando a chuva virou garoa, a The Biggs estava no palco e passou a soltar os primeiros riffs.

Conheço o som da banda há anos, mas sempre que pretendia vê-los ao vivo algo ocorria e dava errado. Mas no dia 19 de dezembro consegui acompanhar a apresentação. Agressividade, peso, melodias, vocais gritados, um baterista insano, no mais que bom sentido da palavra, e um público que mesmo com toda chuva, estava sedento de rock!

Sem frescuras, sem paradas para gracinhas, a Biggs fez um show simplesmente fantástico no Quintal do Gordo, o power trio mostrou porque muitos falam bem da banda e de seus integrantes. Sacamos que ali o rock corre nas veias de seus integrantes que simplesmente fizeram uma apresentação demolidora!

DRÁKULA

A garoa não deu trégua e assim que a Biggs deixou o palco foi a vez dos donos da casa, os campineiros do Drákula, com estreia do bragantino Serginho atrás dos tambores. Pela primeira vez vi o quarteto sem máscaras. De cara limpa e com estreia do novo batera, os caras colocaram o quintal abaixo.

Um som na sequência do outro, sem pausas, e com mais velocidade do que de costume, talvez devido a presença do “Keith Moon brasileiro”, Serginho, os caras tocaram músicas de todos os seus registros, com os riffs mais rápidos e cortantes, botaram a galera para agitar sob a fina chuva que caía.

Ao final do show, só nos restou agradecer a oportunidade de ver dois shows como Biggs e Drákula apresentaram, estreia de Serginho e os campineiros sem máscara. Sem dúvida o 19 de dezembro de 2015 foi um sábado para entrar para história! Quem viu, viu, quem não... fica para uma próxima!

BAR DO ZÉ

Assim que nos despedimos do quintal em 2015, fomos informados que no Bar do Zé haveria apresentações de outras bandas muito “foderosas”, com Hellbenders e Water Rats. Mesmo com roupas molhadas e os tênis mais encharcados que as ruas campineiras, resolvemos dar uma conferida nas bandas.

De Goiânia, a Hellbenders foi a primeira a subir ao palco e logo nos primeiros acordes fez a galera agitar. O som dos caras mostra uma banda muito boa em disco mas ainda melhor no palco. Riffs certeiros e com melodias que misturaram o garage rock com stoner, os caras fizeram a alegria de muitos devotos do rock.

Os goianos deixaram o palco e em menos de dez minutos os curitibanos do Water Rats subiram ao palco e acabaram com o resto da energia da galera e a sede de rock! A mistura entre punk e garage rock é incendiária e os caras fizeram um show que mostra como a cena rock no Brasil está riquíssima.

Após 4 shows, difícil escolher o melhor, encerramos esta temporada com chave de ouro e a certeza de que podemos ficar tranquilos, pois sob nossos pés, nos porões, garagens ou estúdios caseiros, há muita gente humilde e com qualidade que compõe ótimas músicas e alimentam a máquina rock com muito riff, muita bateria “espancada” que nos proporciona ótimos discos e excelentes shows! 2016, estamos em seu aguardo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Promoção ‘Natal Sangrento’ no programa A HORA DO CANIBAL

O programa A HORA DO CANIBAL, em parceria com a Rádio Click Web, não te deixará na mão neste fim de ano, pois teremos a promoção "Natal Sangrento".

Para comemorar a data mais capitalista e falsa do ano, vamos sortear CDs, zines, adesivos e 1 quilo de carne moída para um único felizardo. Para ganhar lindos prêmios, como CDs das bandas Labataria, Perturba, Box 47, a carne e outros apetrechos, você deve enviar e-mail para: zinecanibal@hotmail.com.

Para participar, a pessoa deve encaminhar frases toscas, com alto teor de absurdos, ou fotos, colagens, vídeos, gravações de áudio. Caso o vencedor não seja da cidade de Itatiba/SP, a carne não será entregue e sim depositaremos um valor para compra da iguaria em seu açougue mais detestável.

O vencedor desta linda promoção será conhecido no programa de 21 de dezembro, caso chegarmos vivos, e os ouvintes opinarão sobre quem deve receber os prêmios. Por isso, não perca tempo e envie quantos e-mails quiser.

A promoção tem apoio da Lanchonete do Renato, Motim Records, Raro Zine, Fanzine Canibal Vegetariano e Rádio Click Web. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

‘Vera Rock City’


Por Prude Fabrício/Veranópolis/RS

Sábado, 21 de novembro de 2015. A (banda) Motor City Madness (MCM) subiu a serra para mais uma apresentação insana na Jailhouse, porão no interior de Veranópolis, município da serra gaúcha, que já se firmou como a casa mais legal de shows underground da região. A MCM colhe atualmente frutos dos dois grandes álbuns lançados e da recente viajem para a Austrália patrocinados pela Converse, onde gravaram cinco sons que devem sair em breve. A banda também aproveitou para gravar novo vídeo que em breve será disponibilizado na internet.

Sobre o show propriamente dito, eles estão na ponta dos cascos e com a locomotiva atropelando a 150 por hora sem dó e nem piedade. Ms, Dynamite abriu o atropelamento em grande estilo seguida de (We Are The) Outlaws seguida da insana Schizoid (melhor som na minha humilde e tosca opinião) e daí em diante foi jogo ganho. A idade já não ajuda muito a ir para roda, mas o Sergio tem a manhã de provocar o público para agitar.

Outro destaque da noite é o grande camarada Gordinho que agita para caralho e que foi o personagem principal do vídeo que proporcionou a banda fazer o rolê na Austrália. Conversando com o vocalista Sergio Caldas, ele comentou que o entrosamento decorrente de quase 50 shows no ano faz a diferença em relação ao show na mesma Jailhouse ano passado. Fabian Steinert está destruindo com seus grandes solos ao vivo, Sergio sempre insano. A cozinha sempre destruidora de Rene Mendes (baixo) e Rodrigo Fernandes (bateria) dão o ritmo alucinante ao show.


O underground é mesmo uma maravilha e proporciona bons momentos e amizades, cervejas e outras ‘cocitas’ mais. Mais uma noite insana e nota-se a grande satisfação da banda em ter voltado a tocar em Veranópolis que acolheu eles de braços abertos.

Prude Fabrício é gaúcho, gremista, ouvinte do programa A HORA DO CANIBAL e camarada dos rolês rock’n’roll 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sete anos de risos e boa música

De Londrina/PR, a banda Brazilian Cajuns Southern Rebels,
participou ao vivo do programa em meados de 2010.
Fotos: Acervo Canibal Vegetariano
Nós gostamos de rock! Simples assim, essa é a definição para os 7 anos do programa A HORA DO CANIBAL. Não estamos preocupados com dinheiro, com fama, com nada. Nossa preocupação é apenas mostrar aos interessados em música, que ainda há muita banda boa a serviço do rock, seja ele punk, hardcore, metal, pop, entre outras vertentes.

Foi com esse intuito que Vinicius França e Ivan Gomes começaram com o programa. E o objetivo segue sendo este. Atualmente temos bandas em todas as cidades que produzem material. Lógico que música é questão de gosto. Às vezes gostamos mais de uma do que outra banda, mas a vida é assim. Por isso, aos críticos de plantão, se não gosta de nosso programa, não o ouça, faça um e role som para outras pessoas que também não gostam de nós, simples assim.

Nós adotamos uma linha ao programa A HORA DO CANIBAL e enquanto ele existir será assim. A música é o objeto mais importante. A criatividade dos músicos está acima de tudo para nós. E seguiremos neste sentido. Atualmente, o programa tem um colaborador que contribui uma vez ao mês, o camarada Délcio Padovani Junior. Ele só está no time pois sabe que a música é tudo para nós, é o combustível que nos move.

Chegamos aos sete anos e descobrimos que ainda temos um longo caminho a percorrer. E neste momento, vamos ao “momento Maguila”. Ninguém neste mundo faz nada sozinho. Agradecemos ao Boss (Fabinho Oliveira), que abriu espaço de sua rádio, Nova Rádio Web, em 10 de novembro de 2008, para “dois loucos apaixonados por rock”. Vinicius França, que começou toda essa loucura comigo. A advogada Andrea de Lima, que nos dá todo apoio jurídico quando exageramos nas “merdas” que falamos.

Foto de 10 novembro de 2008. Data em que o primeiro
programa foi ao ar. Na foto: Vinicius França, Ivan Gomes e
Fabinho Oliveira, o Boss
Agradecemos a Tatiana Petti, que gravou as primeiras vinhetas. A banda Drákula que cedeu a música “Zombie birdman” para ser nossa trilha. Aos diretores das rádios Central Rock e Itatikids que nos receberam muito bem. Aos diretores da Rádio Click Web, nossos companheiros de trabalho desde maio de 2013, que permitem que toda segunda utilizemos do espaço para fazer nossa loucura.
Claro que não esquecemos de nossos ouvintes, em especial ao Prude Fabrício, gremista, que é um dos mais antigos ouvintes e que trouxe uma galera para acompanhar o programa. Todos são muito bem-vindos e eles que fazem tudo ocorrer. As bandas que são parceiras, que enviam material, que se dispõem em ser entrevistadas, algumas que viajam muitos quilômetros. Valeu a todos. A roda da vida segue seu caminho e nós seguiremos com o rock.

Se você tem uma banda, produz seu próprio material e quer ajuda na divulgação, envie e-mail para: zinecanibal@hotmail.com. Ouviremos todos os sons e aquele que nos agradar será divulgado. Se pretende ouvir nosso programa, acesse o site: www.radioclickweb.com. Toda segunda, às 22h30, estamos por lá. 

domingo, 11 de outubro de 2015

Raro Zine lança compilação ‘Casa 30’

German Martinez solta voz em show da banda Molho Negro,
em Bragança Paulista. Foto: Canibal Vegetariano
O Raro Zine é um site, ou portal, sobre rock independente. À frente deste importante projeto está o nosso camarada German Martinez. Depois de lançar a coletânea “Bragança Resiste”, agora o editor do site resolveu relembrar o som de ótimas bandas que se apresentaram na Casa 30, local onde rolaram shows históricos da cena underground do interior Paulista. Para saber mais, conversamos com Matinez, para que ele explique este novo projeto.

Canibal Vegetariano: Que parada é essa da coletânea?
German Martinez: Casa 30 foi um projeto cultural que se denominou ‘Casa 30’ por se localizar à Rua José Domingues, 30 – Centro de Bragança Paulista. Era um grupo que se reuniu para mostrar o lado artístico que a cidade tinha abraçando música e artes.

CV: Todas as bandas tocaram na Casa 30?
GM: Em dois anos de atividades foram recebidos inúmeros artistas de todos os cantos do mundo como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Argentina, além de bandas dos estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros... Todas as bandas da coletânea fizeram shows memoráveis. A compilação inclui 26 bandas que tocaram nesse período.

CV: Algumas bandas clássicas, como Leptospirose, ficaram de fora. Haverá segundo volume?
GM: O Leptospirose entrou na coletânea local ‘Bragança Resiste’, que terá o segundo volume. Neste lançamento, a proposta era dar preferência às bandas de fora e no caso o Leptospirose ficou para a primeira coletânea.

CV: A divulgação deste trabalho será somente em download ou haverá prensagem de CD ou vinil?
GM: Haverá uma tiragem pequena em CD que será comercializada em shows do Rarozine por um preço colaborativo para a edição da próxima compilação.

CV: Qual o preço e qual será a próxima compilação? Você pode nos adiantar?
GM: Claro, o preço do CD será R$ 5 e a verba arrecada será para compilação do segundo volume do “Bragança Resiste”.

CV: Valeu mestre, deixo espaço para considerações finais.
GM: Agradeço a divulgação cedida pelo Canibal Vegetariano que sempre nos apoia. E esperamos a presença no show de sábado 17/10 do CHCL e em novembro com o Besta, de Portugal.

Impressões sobre compilação ‘Casa 30’

Dizer que o rock está vivo, e muito vivo, nos dias atuais é como “chover no molhado”. Só reclama quem está totalmente por fora do que rola ou acompanha as notícias apenas nas consideradas “grandes mídias” que mais ditam o que você deve fazer do que te apresentam opções.

Por isso que este lançamento do Raro Zine é algo que merece destaque, afinal, ali estão compiladas 26 canções de bandas que se apresentaram em Bragança Paulista no período de 2 anos. Como disse na entrevista acima, German Martinez selecionou apenas de fora do município e algumas bandas gringas.

As bandas apresentadas nesta compilação são de todos os estilos de rock, do metal até o rock de garagem mais descompromissado. O trabalho feito pelo editor do Raro Zine ficou de muito bom gosto e serve como ótima oportunidade para quem está desatualizado em relação ao que rola neste estilo musical que transbordou o cenário e tornou-se filosofia de vida de muitas pessoas. Nota 10.

Se ficou em saber quais são as bandas que estão neste CD, não falamos intencionalmente, pois você terá que fazer download para descobrir. http://rarozinerecords1.bandcamp.com/album/tributo-casa-30 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Viva a independência! Bandas apostam em clipes na internet

A banda gaúcha Motor City Madness soltou recentemente na internet o segundo clipe do novo álbum Death City Riot, lançado no início do ano. No final de agosto, a cantora Paula Cavalciuk também disponibilizou o vídeo de sua canção, Maria Invisível. No blog Canibal Vegetariano, você confere os dois lançamentos.

Nova promessa da música nacional, a artista Paula Cavalciuk lançou em 29 de agosto o clipe da música “Maria Invisível”, faixa que estará em seu disco de estreia ainda sem nome e com previsão de lançamento para outubro. O vídeo tem direção de arte de Daniel Bruson e foi gravado em Sorocaba-SP, cidade em que a banda reside atualmente.

O disco de estreia é resultado das primeiras investidas autorais apresentadas no show intitulado "Rígido" e terá coprodução de Gustavo Ruiz (Tulipa Ruiz/Vanessa da Mata) e Bruno Buarque (Karina Buhr/Anelis Assumpção/Céu). Além da cantora (que nos shows também toca gaita, violão, percussão e kazoo). A banda é formada por Vinícius Lima (vocal/violão/viola caipira/guitarra), Fabrício Masutti (baixo) e Ítalo Ribeiro (vocal/percuteria).


Em 2014, Cavalciuk foi finalista do Prêmio Sorocaba de Música com “Maria Invisível” e, neste ano, sagrou-se campeã do mesmo festival com a faixa “Colecionador de Opiniões”. Nos shows, a artista também distribui fanzines feitos manualmente no esquema "pague quanto puder”. O formato resulta em interessantes sonoridades que dialogam com a mensagem da cantora, que usa a música para comunicar o que ela define como "realidade individualmente coletiva".

Do rock visceral ao mais singelo sertanejo raiz, de uma linha que se aproxima do estilo de Karina Buhr, Tulipa Ruiz e Céu, a artista promete ser mais uma grata surpresa do cenário nacional.

MOTOR CITY MADNESS

Os gaúchos da Motor City Madness, banda que já entrevistamos e sempre informamos sobre eles aqui, lançaram novo videoclipe, da música "Strong as a Rat", faixa que faz parte do CD, lançado no início deste ano intitulado "Dead City Riot". Punk 'n' roll trasheira na pegada do coisa ruim”, como a própria banda define.


O novo vídeo da banda tem direção de Sergio Caldas, Rodrigo Fernandes, Rene Mendes, Fabian Steinert. Eles ainda agradecem os companheiros Andre Caldas, Doni Maciel, Alvaro de Bem. A produção pertence a Subverse Film Crew. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Lo-Fi está em turnê pelos Estados Unidos

A banda Lo-Fi de São José dos Campos-SP está pela segunda vez em tour pelos Estados Unidos, desta vez com shows pela costa leste da América. O grupo, que além de incessantemente tocar por todo Brasil, tem diversos lançamentos gravados e agora sai em divulgação dos últimos dois lançamentos, “Long Hair Cold Drink” e o irreverente e sujo “Love Songs Vol 1”.

Com sete anos de vida, a banda tem distribuição e lançamento de seus discos pela Laja Records, comandada por Fábio Mozine, que participa intensamente das atividades da banda. 

O objetivo máximo da banda é nunca parar de compor, gravar e lançar sua obra e deixa claro que estão abertos a convites de qualquer lugar do mundo para shows. Como diz Rogério, baixista. “A banda trabalha duro e incansavelmente, pois tocar é o objetivo principal de vida dos músicos da banda”, afirma.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Surf music para rio poluído

A banda campineira Drákula ataca novamente com o novo EP 7 polegadas, em vinil, denominado “Death Surf”. Podemos dizer que as quatro canções que compõem o novo rebento do quarteto seria a trilha sonora perfeita para surfar nos rios poluídos de qualquer cidade brasileira.

A mistura surf music, punk e garage rock soa cada vez mais suja, no mais que bom sentido da palavra, e pesada. As guitarras soam cortantes, com ótimas linhas de baixo e bateria precisa, simples, mas com muita pegada. Atrás dos tambores a banda tem novamente o comando de Lobisomem que retorna após período sabático.

E o retorno de Lobisomem deu nova energia para banda. Os shows estão diferentes e no estúdio a pegada também soa com ares nostálgicos mas totalmente vibrante. A primeira faixa do lado A, como é bom escrever dessa maneira, “Death surf”, é uma mistura de tudo que dissemos e mostra do que os caras estão a fim, rock, punk, surf, sujeira e diversão.

A segunda faixa deste lado, “Massacre a meia-noite”, que havia sido lançada ano passado na coletânea virtual da Motim Records, em vinil soa ainda mais sinistra e roqueira. O peso também é outro. No lado B tem “Shake me your bones” que não deixa o esqueleto parado e faz o ouvinte sair se mexendo freneticamente. E ainda neste lado, como diz Daniel ETE, tem o clássico de Barão Geraldo, “de quando Barão Geraldo era Barão Geraldo”, a faixa “Lado de fora”, clássico da banda Grease, para fechar o EP com chave de diamante.

Além das músicas, é preciso destacar o lindo trabalho de ETE na capa e contra do EP e também a gravação. Instrumentos totalmente audíveis, esqueça aqueles registros onde um instrumento cobre o outro, aqui o fã ouve tudo de maneira como deve ser um disco de rock como o Drákula se propõe a fazer. Nota 10.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Oba! Fest traz bandas renomadas do punk rock nacional para Jundiaí



Gritando HC será a banda responsável pelo encerramento
do evento. Foto: Canibal Vegetariano
Gritando HC, Fistt e Chuva Negra são algumas das atrações da festa deste sábado

No sábado (29), Jundiaí recebe mais uma edição da Oba! Fest, que traz as bandas Gritando HC, Fistt, Chuva Negra, Sallys Home, Amnésia e The Guantanameros, além da discotecagem do DJ Chello. A festa que será realizada no Aldeia Bar tem início às 20h.

A Guantanameros, primeira banda a subir ao palco, tem vocalista argentino e com seus amigos brasileiros apresentam clássicos do punk rock em versões latinas bem animadas! Em seguida, a jundiaiense Sallys Home toca o álbum Melody Station e a Amnésia, de Cascavel (PR), toca músicas autorais de hardcore.

A festa fica completa com Chuva Negra, que apesar de ter membros de bandas conhecidas da cena paulistana, é uma das grandes revelações do hardcore nacional atual. Já os encerramentos são comemorativos! A banda jundiaiense Fistt traz sucessos dos 21 anos de carreira completados em agosto e a Gritando HC, que ganhou fama com a música “Velho Punk”, sobe ao palco para marcar os 15 anos do lançamento do álbum “Ande de Skate e Destrua”.

O evento ainda terá promoções especiais de bebidas com realização da Oba! Records e Oba!Shop. Há também apoio de Pride Skate, TheRocks Xstorex, Metal No Pombal Produções Espetaculares e Rock Jundiaí.

Serviço:

Atrações: Gritando HC, Fistt, Chuva Negra, Sallys Home, Amnésia e The Guantanameros, DJ Chello
Quando: sábado, 29 de agosto, às 20h.
Onde: Aldeia Bar – rua do Retiro, 279
Quanto: R$ 15 até 22h, após R$20

Censura: Menores de 18 anos apenas acompanhados pelos responsáveis.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rock nos trilhos do trem

Drákula, apresentação enérgica no lançamento do
novo EP. Fotos: Canibal Vegetariano
O Auto Rock Campinas 2015 chegou ao final na tarde/noite de domingo (23) na Estação Cultura. Em meio à “linha do trem”, uma grande estrutura foi armada para o fechamento de mais uma edição de um dos maiores festivais independentes do Brasil.

A primeira atração do último dia foi a banda F3. Os caras fizeram som no próprio chão, ao lado do palco principal. Esta foi uma grande sacada da organização, pois não houve intervalo entre as bandas, assim que encerrava-se uma apresentação, vinha outra logo em seguida. Os campineiros mandaram bem em sua apresentação e atraiu bom público para acompanhá-los.

Logo em seguida foi a vez da Bad Taste. No “palco principal”, os caras mandaram muito bem seu hardcore e mostrou todas suas músicas próprias que cativaram os presentes. Os caras ainda fizeram algumas homenagens ao Ratos de Porão.

Fim do show da Bad Taste, voltamos atenção para o “não palco”. E a banda Porrada Solicitada foi a bola da vez e com uma mistura de punk com hardcore, fez a galera abrir rodas e ainda muitos fãs cantarem junto com seu vocalista.

Fábio Mozine, vocalista e guitarrista do Merda
De volta ao palco, os caras do Statues on Fire foram os responsáveis pelo agito da galera. Não conseguimos acompanhar esta apresentação devido à necessidade de comer, beber e visitar a feira de vinil e outras barraquinhas que ofereciam diversos produtos. Este foi outro ponto positivo da atração.

Fim do show, fim do rolê e a banda RND se apresentou no solo mas não conseguimos acompanhar devido ao encontro com antigos companheiros de som e precisamos conversar na tentativa de pôr os assuntos em dia. Mas pelo que notamos, a banda fez grande sucesso entre os presentes.

O tempo passou e quem subiu ao palco foram os capixabas do Conjunto de Música Rock Merda, ou simplesmente Merda. Mozine, Japa e Alex assim que liberados mandaram ver no hardcore e levou o público ao êxtase, ainda mais com os clássicos “Maradona”, “Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar”, “Efedrina”, duas novas que estão no Split lançado recentemente com Os Estudantes, “A fonte da Coca Cola” e “Vou cagar em cima de você”, que funcionaram muito bem ao vivo.

Mas o ápice da apresentação foi mesmo “Punk crente”, cantada em coro pelo público e muitos que acompanhavam o show, subiam ao palco para dar mosh. Dos shows que já acompanhei do Merda, todos foram bons, mas este no Auto Rock foi melhor que os demais e os caras demonstraram que estavam a fim de se divertirem e divertirem o público.

Bad Taste, foi a segunda banda a se apresentar
Após uma apresentação sensacional do Merda, a vez era do Drákula que se apresentaria no chão. Este seria o primeiro show após o lançamento do Vinil 7’ Death Surf. E os caras simplesmente arrasaram. Acompanhamos o Drákula há anos e nunca havia visto tanta energia concentrada para uma apresentação. Os caras estavam realmente com “fome de rock” e simplesmente detonaram.

Além de novas músicas, versão do Grease, os caras mandaram vários clássicos da banda como “Cidade Assassina”, “Gorila Perez”, “Comando fantasma”, “Medo de psiquiatra”, entre outras belas canções, mas com pegada diferente e mais aceleradas do que o costumeiro. O show mostrou também que Lobisomem na bateria está em forma e o quarteto fez uma apresentação nota 10, com direto a idas para galera e espumas de carnaval.

A noite seria encerrada com Garage Fuzz, mas como precisamos “cair” na estrada, não foi possível acompanhá-los. Mas o público estava muito a fim de vê-los. Infelizmente não conseguimos acompanhar outros shows do Auto Rock, mas pelo seu encerramento, acreditamos que foi uma edição histórica. Que venham os próximos, nós agradecemos! 

domingo, 26 de julho de 2015

Coloque um pouco de Merda em sua vida!

Fotos: Canibal Vegetariano
O power trio insano capixaba, conhecido carinhosamente como Conjunto de Música Rock Merda, lançou recentemente mais um Split em vinil 7 polegadas, desta vez em parceria com os cariocas d’Os Estudantes.

O vinil tem três sons do Merda do lado vermelho e do lado amarelo da força o ouvinte terá cinco petardos do quarteto carioca. Cada banda gravou em um estúdio mas isto não interfere na qualidade das gravações. Bandas com muito de tempo de estrada e com vários discos lançados conhecem o caminho das pedras.

Sobre o Merda, o trio formado por Mozine (vocais e guitarra), Japa (vocais e baixo) e Alex (vocais e bateria), apresenta três “porradas” simples e direta. A faixa de abertura chama-se “A fonte da Coca-Cola”. Nesta letra os caras ironizam a própria banda por alguém aparecer na MTV com uma camiseta e dizem que devido a este fato são mainstream e por isso o uso da fonte.

A segunda faixa “Eu vou cagar em cima de você” tem vocais alternados entre Mozine e Japa e a “tiração” de sarro continua, como sempre ocorre nos sons do trio. A terceira e derradeira música que fecha o lado Merda do disco “Quem nunca?” é um relato de uma noite em que um sujeito sai sem rumo e deixa tudo rolar. O legal desta faixa é o vocal totalmente “rasgado” de Mozine onde o ouvinte para entender o que é cantado precisa ler a capa.

ESTUDANTES

O quarteto carioca, formado por Vitão (vocais), Diogo (bateria), Manfrini (guitarra) e Dony (baixo), gravou cinco faixas e todas no melhor estilo hardcore. Letras e músicas diretas com algumas críticas em meio a algumas letras que beiram ao absurdo. A faixa de abertura é a “Menino peixe I”, que tem refrãos “grudentos” como: “mas ele vai cair, um dia vai sumir”.

A segunda faixa é a continuação de “Menino peixe”, agora com sua segunda parte onde Vitão, vocalista, nos chama para “aplaudir e zombar” o “menino peixe”. E a pancadaria, no mais que bom sentido da palavra segue nas três faixas seguintes, como Luz, onde a banda fala sobre uma possível luz no fim do túnel, que para eles nada mais é do que um trem em direção contrária. O lado amarelo dos cariocas encerra-se com “Olhos azuis” e “Alívio da dor” duas ótimas faixas que também trazem conteúdo crítico, principalmente ao ser humano. 

Além das boas músicas, o que chama atenção neste lançamento das bandas são as capas que não existem. Uma é somente um pano com os nomes e a outra é o que conhecemos como encarte, onde estão as letras e ficha técnica. Mas como Merda e Os Estudantes são geniais, o que vale mesmo é a música, sempre de altíssima qualidade. Compre seu Split e ouça no volume máximo! Se o som estiver alto, é porque você está ficando velho. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Noite dos metais

Fotos: German Martinez
Por German Martinez 

A pedido dos amigos do zine/blog Canibal Vegetariano, fui cobrir o Festival de Inverno em Bragança Paulista, no sábado (18). A ocasião era vertente metal, celebrando quatro bandas representativas no círculo. Em pouco tempo, o local (Ciles do Lavapés), foi tomado pelo público headbanger. O Ciles para quem não conhece abriga praticamente todos os eventos relacionados ao rock na gestão de Luis Henrique Duarte, o Quique Brown, e desta vez não seria diferente para que a plateia comparecesse.

Na abertura vieram os "velhos" conhecidos da nova geração da cidade, o Kollision, após dividir palco com muitas bandas da região e também gringas, foram convocados para esta ocasião. O intuito era tocar canções do seu álbum recém lançado "The stage of death", as composições influenciadas por videogames e etc, mostram um pouco da identidade da banda.

A segunda banda foi o quinteto do Sardonic Impious, o black metal prevalecia nesse momento no Ciles, acompanhados de vários fãs e amigos, o Sardonic entoou satanismo aos presentes. Com uma banda afiadíssima, agradou a todos que admiram o som pesado.

O quarteto carioca do Confronto trouxe a Bragança sua viagem pelo metalcore, hardcore, ou mesmo death metal. Eles são uma banda que faz disso um caldeirão de influências, entre riffs e bateria agressiva, o vocalista Felipe Ribeiro girava o palco atrás de agitar o público que até então, estava atônito, mas depois da metade do show, causou mais empolgação. Chamaram Bragança para o “circle pit” e entusiasmaram os espectadores.

KRISIUN

A chave de ouro era entregue ao Krisiun, o que dizer do Krisiun, nada, seria medíocre da nossa parte declarar algo sobre a insanidade provocada por uma banda que está no mais alto escalão do Death Mundial.

O setlist privilegiou muitas fases do trio gaúcho, o som estava alinhado e ora ensurdecedor para o tremendo peso que eles provocam ao vivo. Escolheram duas músicas do novo álbum para tocar. Talvez "Conquerors of armagedom" tenha feito falta, mas houve death metal para todos os gostos, fazendo qualquer um ficar de queixo caído com a banda. Enfim encerraram com Motorhead "No Class'. Simplesmente uma aula! 

German Martinez é roqueiro e editor do Raro Zine

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Instituto Entrando em Cena premia jovens empreendedores durante Feira de Ideias

Fotos: Amanda Andrade
Três projetos receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel

No sábado (4), durante a terceira edição da "Feira de Ideias, o Instituto Entrando em Cena" entregou, mais uma vez, o "Prêmio Entrando em Cena no Mundo" aos projetos desenvolvidos por jovens que participaram de oficinas de empreendedorismo sociocultural. Foram sete projetos inscritos, seis apresentados ao público e três premiados, que receberão ajuda financeira e técnica para sair do papel.

Durante quatro meses, esses jovens participaram das oficinas do Entrando em Cena no Mundo, projeto que tem como objetivo formar agentes multiplicadores capazes de se tornarem protagonistas de ações culturais e/ou sociais transformadoras. Para isso os participantes foram estimulados a identificar seus potenciais através das próprias histórias de vida, identificar e avaliar criticamente as insatisfações sociais e criar projetos capazes de promover transformações nas comunidades em que vivem, além de serem instrumentalizados para desenvolver e gerir tais projetos, buscando alternativas para uma vida plena de cidadania cultural em uma sociedade democrática de fato.

A avaliação foi feita por uma comissão julgadora convidada, formada por 21 pessoas, representantes das áreas social, cultural, educacional, artes cênicas, artes plásticas, arte de rua, literatura, produção cultural, comunicação, arte-educação, direito e meio ambiente. O juri votou nos quesitos “redação dos projetos”, “potencial de transformação”, “criatividade da iniciativa”, “capacidade de realização” e “planejamento financeiro”. O público presente teve a oportunidade votar  no quesito “apresentação”. No total foram 130 votos computados durante a Feira de Ideias.

Confira o resultado final da terceira edição do Prêmio Entrando em Cena no Mundo:

1º Lugar: "Memórias na Rede", de Nahida Almeida Ghattas e Alberto Aleixo Maciel,  propõe a promover a interação entre dois grupos diferentes da sociedade,  jovens de 12 a 18 anos e idosos moradores de um asilo. O fruto desse encontro serão textos que serão publicados em um blog na internet. 

2º Lugar: "DiRaiZ Hip Hop", Elvis da Silva Fonseca e Welton Aparecido Resende Souto, visa realizar oficinas de rap e grafite para 30 adolescentes da escola estadual Marcos Guimarães, de Bragança Paulista, utilizando o hip hop como ferramenta de inclusão sociocultural e empoderamento do jovem.

3º Lugar: "Café no Bullyng", de Gabriel Henrique do Nascimento,  visa discutir, em escolas de rede pública, por meio de intervenções de conscientização, esquetes e debate com especialistas o que é de fato o bullying e quais são suas consequências negativas para quem sofre com isso.

4º Lugar: "Projetando Passado, Revendo Futuro", de César Augusto Ramalho de Souza, visa promover o incentivo ao ensino superior através de uma feira, com objetivo de explanar sobre diversos assuntos voltados ao tema e criar uma plataforma na internet onde as pessoas possam encontrar informações sobre o assunto.

5º Lugar: "Se eu fosse você, seria você", de Ana Carolina dos Santos Franco, visa  proporcionar às pessoas uma maneira de aceitar as diferenças,  ajudando os dois lados do problema do bullyng, quem sofre e quem pratica, por meio de vídeos gravados com vítimas.


6º Lugar: "Das Salas ao Palco", de Júlio César Rocha Santos, tem o intuito de dar a oportunidade para jovens da escolas de ensino médio de terem contato com as artes cênicas por meio de oficinas e apresentações, contribuindo, assim, para a formação de público para esse tipo de espetáculo.  

domingo, 28 de junho de 2015

Luxo no heavy metal

Fotos: Divulgação
Há alguns meses a banda itatibense Eyes of Gaia lançou seu primeiro álbum “The power of existence”. Disco gravado de maneira totalmente independente, os caras botaram a “bolachinha” no mundo e por onde passam chamam atenção dos apreciadores do estilo. Para saber mais sobre o trabalho dos caras, conversamos com o guitarrista Bruno Tourino. A entrevista na íntegra você confere abaixo. 

Canibal Vegetariano: Como a banda foi formada, desde quando estão na estrada? Houve alguma mudança na formação? Aproveitem e apresentem-se com nomes e instrumentos de cada integrante.
Bruno Tourino: A banda foi formada em 2008 pelo Mário Kohn (vocalista), Rodolfo Liberato (Baixista) e Flávio Sallin (ex-tecladista). Nessa época a banda lançou o EP “Final Tears” e também tocou com alguns nomes importantes como Dragonforce, Glenn Hughes e Almah. Em 2011 houve mudança na formação com a minha entrada e a do Paulo Virtuoso nas guitarras e a entrada do Betto Cardoso na bateria. Neste ano houve outra mudança na formação com a entrada do André Moura na bateria, substituindo Betto. A formação atual do Eyes Of Gaia é: Mário Kohn (vocal), Bruno Tourino (guitarra), Paulo Virtuoso (guitarra), Rodolfo Liberato (baixo) e André Moura (bateria).

CV: Como rolou o processo de gravação do álbum? Houve alguma ajuda financeira ou vocês bancaram tudo?
BT: Começamos a compor no início de 2012 e no meio desse mesmo ano começamos a pré-produção do álbum. Gravamos em espaços de tempo muito longos devido a vários contratempos. Basicamente bancamos tudo, tivemos alguns apoios, mas essencialmente sem nenhum patrocínio maior. Por conta de ser tudo independente acabou atrasando para ser lançado, só saiu em janeiro deste ano.

CV: A produção do álbum é de Edu Falaschi. Por que vocês optaram por ele como responsável por este trabalho?
BT: Já conhecíamos o trabalho do Edu como produtor e achamos que seria a melhor opção naquele momento. Ele tem bastante experiência e acabou passando muita coisa legal para gente. Aprendemos bastante com ele e gostamos do resultado final do trabalho.

CV: Como está a procura pelo CD e o processo de divulgação?
BT: O CD está tendo uma boa procura guardadas as devidas proporções do mercado atual e do nicho do heavy metal. Ele [CD] está sendo vendido diretamente com a banda e também na loja Die Hard, na Galeria do Rock, em São Paulo. Divulgamos o CD basicamente pela Internet através das nossas mídias sociais e sites parceiros que fazem resenhas. Os shows também tem sido uma ótima forma de divulgação. A procura por CD e camiseta nos shows tem sido boa.

CV: Como as pessoas tem recebido o trabalho?
BT: O feedback tem sido muito positivo! Superando todas as nossas expectativas. Tivemos uma resenha com nota 9 na revista Roadie Crew, a maior revista especializada do Brasil. Posteriormente rolou uma entrevista bem legal na Roadie Crew também, feita pelo Ricardo Batalha, um nome bem respeitado no meio. Diversos sites especializados também têm feito resenhas bem legais falando bem do álbum. Sem contar as pessoas que tem vindo elogiar o álbum diretamente para nós através do Facebook. Outro fato muito importante na carreira da banda foi a entrevista no programa do Andreas Kisser, na 89 A Rádio Rock. A audiência do programa é muito grande e fez com quem pessoas de todo o Brasil conhecessem nosso trabalho!

CV: Quais os planos da banda para o segundo semestre?
BT: No segundo semestre queremos continuar fazendo shows para divulgar o álbum que é bem recente. Temos algumas datas marcadas em Itapetininga/SP, com a banda King Of Bones, Pouso Alegre/MG, no festival Tonelada, Itatiba/SP (nossa cidade) com a banda Project46. E estamos negociando shows em mais cidades.

CV: Atualmente, quem é o público que ouve sons da banda? E os espaços para shows, como estão?
BT: O público do Eyes Of Gaia é o público do Heavy Metal, na sua maioria a galera entre 15 e 30 anos. É um nicho pequeno, bem segmentado porém exigente. Existem bares e casas de shows que abrem espaço para bandas de heavy, além de festivais e shows em eventos públicos. É importante a união das bandas para que o público sempre se multiplique nos shows e as bandas aumentem seus seguidores.

CV: Grato pelo papo, deixo espaço para considerações finais.
BT: Muito obrigado pelo convite, pela oportunidade para contar sobre nosso trabalho e parabéns pelo seu excelente trabalho que é importantíssimo para as bandas independentes e para a cultura do país de uma maneira geral. Quem quiser conhecer mais sobre o Eyes Of Gaia acessem nossas mídias sociais:
www.facebook.com/eyesofgaiaofficial
www.youtube.com/eyesofgaiaofficial
www.eyesofgaiaofficial.com
Muito obrigado! Paz e amor!

Impressões sobre ‘The power of existence’

O heavy metal é um dos estilos que mais exige de seus músicos e talento é o que não falta na banda Eyes of Gaia. O primeiro registro dos caras “The power of existence” mostra toda capacidade individual dos músicos e também o trabalho que conseguem desenvolver em equipe.
Com dez faixas e produção de Edu e Tito Falaschi, a banda mostra tudo aquilo que os fãs do estilo adoram. Guitarras altas, solos, bends, vocais afinados, baixo encorpado e bateria alucinante. 
Esse é um álbum que os amantes da música “pesada” precisam ter em sua discoteca, afinal, não é sempre que uma banda lança um disco com tanta música boa e de maneira totalmente independente. Se você ainda não tem o seu, corra para adquiri-lo.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A partilha

Reprodução internet
Por André Fiori

A separação de um casal sempre vem acompanhada de muitos aborrecimentos. Um deles éa divisão dos discos. Aqueles CDs que vocês compraram juntos, ouviram juntos e que agora se tornam motivo de discórdia.

Na música “Trocando em miúdos”, Chico Buarque diz para a ex: - eu fico com o disco do Pixinguinha, o resto é seu. Na música “A Rita”, ele reclama que a mulher foi embora e além de seu coração, levou também o disco que mais gostava.

Não há uma receita infalível para uma partilha de CDs. Você com certeza terá que comprar vários deles novamente. Em compensação, dá para passar para frente os que ela (e) te deu e você não gostava, mas ficava sem jeito de falar.

A pessoa também pode sentir vontade de vender todos os discos que a fazem lembrar da (o) ex, mas aqui vai uma sugestão: espere um pouco. Depois que a raiva passar, você pode se arrepender. Terminou um namoro? Brigaram feio? E aqueles CDs que ficaram na casa dela (e)?
Namorados, namorados, negócios à parte. Esqueça os pudores e vá até lá buscar, mesmo que você tenha sido canalha. Afinal, buscar os discos na casa do (a) ex pode ser um ótimo motivo para quem quer reconciliação.

André Fiori é dono da maravilhosa loja Velvet CDs, na rua 24 de Maio, Centro de São Paulo. Há pouco mais de 10 anos, Fiori escrevia coluna que denominada "Atrás do Balcão", na revista Zero, uma das melhores a aparecer no mercado editorial nacional.


domingo, 7 de junho de 2015

Vencedores da promoção ‘Em maio todo janta pipoca na minha cidade’ recebem prêmios

Fotos: Canibal Vegetariano
Marcos José Ferraz, mais conhecido como Zé, e Alê Castro, foram os vencedores da promoção “Em maio todo janta pipoca na minha cidade”, realizada pelo programa A HORA DO CANIBAL em parceria com o zine/blog Canibal Vegetariano e Rádio Click Web. 
Para vencer a promoção, os jovens enviaram frases toscas. Zé escreveu: "Escravos Anões! Porque o trabalho engrandece”, e "Comi pipoca alucinógena, e vi o Picolo, no pico do Macaco Nikito", por Alex Leco, foram as duas mais toscas e escolhidas por nosso camarada Délcio Padovani Junior, como as piores e em nosso programa, as piores são as que vencem.

No primeiro dia de junho, Alê Castro recebeu seus prêmios das mãos do camarada César Bernucci, dono da Papelaria 29, parceiro da Rádio Click Web. No sábado (6) foi a vez de Zé receber os brindes. Cada jovem levou para casa CDs das bandas: Regredidos do Macaco, Perturba, Eyes of Gaya, Labataria e Bikini Hunters, esta última banda ainda concedeu duas camisetas para sorteio.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Qual é a música?

Arquivo Pessoal
Por André Fiori

É ruim quando você está atrás de alguma música ou disco que não sabe qual é. Aquela canção que ouvimos tocar em algum lugar e não sabemos o nome e nem quem canta. Pode ser um filme, em uma casa noturna, na rua ou no rádio, sei lá. Aqui na loja, inúmeras vezes nos deparamos com essa situação. Às vezes é preciso partir do nada. A pessoa começa cantarolar um trecho: “Olha, a música é assim: lá-ra-lá-lá-ri-lá...”. Nem sempre é possível acertar. Um procedimento muito comum é o cliente trazer uma fita K7 com a música em questão. Acho muito legal isso. Dá para sentir como no antigo programa do Silvio Santos: “Maestro Zezinho, duas notas, qual é a música?”. Na maioria das vezes consegue-se descobrir.
Uma vez uma moça com uma criança de colo vibrou ao saber que o que ela procurava era Pixies, “Here comes your man”. Levou dois segundos. Ela quis saber: “nossa, o cara nem cantou ainda, como adivinhou?”. Bom, essa foi fácil. O frustrante é quando, apesar dos esforços, não conseguimos descobrir o que é. Uma vez contei seis pessoas ouvindo uma fita (outros clientes também ajudaram) e não chegamos a conclusão alguma. Cada um falava uma coisa:
- Ah, isso aí é anos 80.
- Só pode ser banda inglesa e etc.
A cada pessoa que entrava na loja, eu perguntava: “Ei, amigo, por acaso você sabe o que é isso aqui?”. E rolava a fita novamente. Mesmo assim nada. Quando o cliente foi embora, ainda pedi: “Olha, quando você conseguir descobrir o que é, liga para gente e diz, ok?”.
E quando sei o que é, mas não consigo lembrar? Teve uma vez em que achei que não conseguiria dormir naquela noite caso não lembrasse o nome da bendita música. O clipe também ajuda bastante: “Olha, estou atrás de uma música. No clipe, o cara está andando na rua e esbarra em todo mundo”. Essa é moleza: “Bittersweet symphony”, do The Verve. Um comercial de TV também, às vezes, pode esclarecer o mistério. Lembra-se de quando “Fake plastic trees”, do Radiohead, tocava num comercial, onde aparecia um menino deficiente chamado Carlinhos? No começo, muita gente achava que era U2, outros, Suede. O Radiohead aumentou bastante sua popularidade devido àquela propaganda. Uma vez uma senhora entrou na loja e disparou: “Moço, o senhor tem a música do Carlinhos:”. E eu, distraído: “Que Carlinhos, Carlinhos Brown?”.


André Fiori é dono da maravilhosa loja Velvet CDs, na rua 24 de Maio, Centro de São Paulo. Há pouco mais de 10 anos, Fiori escrevia coluna que denominada "Atrás do Balcão", na revista Zero, uma das melhores a aparecer no mercado editorial nacional. 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Hutt: grindcore em ‘estado bruto’

Fotos: Canibal Vegetariano
Há mais de dez anos na estrada, a banda paulistana de grindcore Hutt se apresentou em Campinas no mês de fevereiro. Nós do Canibal Vegetariano acompanhamos a apresentação que foi um “arrasa quarteirão”. Dias após entramos em contato com o vocalista Marcelo Appezzato para fazermos a entrevista que você lerá a seguir. Além de Apezzato, a banda ainda tem Leandro na guitarra, André no baixo e Diego (baterista monstruoso) em sua formação. Durante o papo, falamos da história do quarteto, política e próximos lançamentos. 

Canibal Vegetariano: Desde o início em 2002, houve alguma mudança na formação? Em caso positivo quais foram e por quê?
Marcelo Appezzato: Começamos o Hutt como um trio, eu, o Leandro e o Choukri (ex-Presto) na bateria. Sem baixo. Em 2006 o Choukri saiu e a gente colocou o Diego e o André. Gravamos o Monstruário com essa formação. Em 2010 ou 2011 o Choukri voltou pra banda e o Diego saiu. Em 2013 o Choukri saiu de novo e o Diego voltou. Ou seja, uma confusão dos infernos.

CV: Quais as principais influências de vocês?
MA: Cara, vou falar por mim, pois cada um escuta suas coisas. Eu sempre curti punk/hardcore, crossover, death e thrash metal, pelo menos no que diz respeito as minhas influências como vocalista. Mas como fã de música escuto um monte de outras coisas, nem queira saber o quê (risos).

CV: Como é ter uma banda de grindcore no Brasil? Há espaços para shows, divulgação e venda de discos?
MA: Deve ser a mesma coisa que ter uma banda grind em qualquer lugar do mundo, cerveja morna como cachê, shows nem sempre lotados, poucas mulheres e muita roupa preta. A cena é pequena mas forte, e é tocada por algumas pessoas que fazem a diferença, seja tendo banda, promovendo shows ou principalmente: comparecendo em shows e comprando o material das bandas.

CV: Vocês estão na estrada há 13 anos. O que mudou de 2002 para cá? As mudanças foram positivas?
MA: Acho que a principal mudança foi na comunicação, por causa da internet. O público aumentou um pouco também e está mais diversificado. De resto não vejo muita coisa diferente. Pra gente, como banda, tá melhor.

CV: O que vocês planejam para o futuro?
MA: Tocar por aí de vez em quando, gravar mais uns discos, conhecer um monte de lugares e pessoas legais, experimentar uns aditivos diferentes e, principalmente, não chegar aos 3 maços de cigarro por dia.

CV: Quem é o público que acompanha o Hutt, é possível descrevê-lo?
MA: Como eu disse antes, o publico é mais variado atualmente, mas no geral são pessoas de cabeça aberta, que escutam variados estilos de música e que usam bermuda numa boa.

CV: Vocês tiveram alguns registros lançados fora do Brasil. Como rolou esse esquema e ele contribuiu para que vocês ficassem conhecidos no exterior?
MA: Contribui sim. Mas eu não lembro direito como foram feitos os contatos. Acho que os caras que lançaram escutaram, curtiram e quiseram lançar.


CV: Quem acompanha a banda saca que o som de vocês é rápido e com muito peso. Qual o estímulo após tantos anos de banda para seguir compondo música?
MA: Estimulantes poderosos (risos). Cara, acho que a vontade de fazer música juntos impera.

CV: Desses 13 anos, qual a maior furada que a banda se envolveu e também qual o ponto de maior orgulho. Tocar com algumas bandas gringas ajudam para crescimento profissional?
MA: A única coisa que tocar com bandas gringas me ensinou é que nem todos os seus heróis são legais. A gente já entrou em um monte de roubada, ainda entramos, mas hoje rola menos. Impossível lembrar de uma em especial.

CV: Qual a opinião de vocês sobre a atual situação política no Brasil? Isso interfere na música de vocês?
MA: A situação política no Brasil é uma merda desde que eu me lembro por gente. Tenho 35 anos mano. Duvido que algo vá mudar, pelo menos a tempo da gente ver. Espero que eu esteja errado. Claro que isso influencia, mas na maioria das vezes inconscientemente.

CV: Agradeço pela atenção e deixo espaço para considerações finais e “merchan”.
MA: Valeu pelo espaço mano. Logo mais lançamos o disco novo e um compacto Split com o Facada. Novidades na pagina do HUTT no Facebook https://www.facebook.com/huttgrind?fref=ts

GRIND ABRAÇO.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Garrafa Vazia esbanja 'litros' de punk rock

Fotos: Arquivo pessoal
A banda Garrafa Vazia é de Rio Claro, interior do Estado de São Paulo. Com muitos anos de estrada, a banda lançou recentemente o álbum "Back to Bacana". Devido a este fato, conversamos com os caras para saber mais sobre o trabalho e também como eles veem a atual cena, tanto no interior como no Brasil em geral. O papo na íntegra você confere abaixo.

Canibal Vegetariano: Vamos começar pela apresentação da banda: nomes, instrumentos, há quanto tempo estão juntos e houve alguma mudança na formação?
Hebert: O embrião do que viria a ser o Garrafa Vazia começou em 98, com o Mário Mariones (baixo e voz) e uns camaradas. A banda surgiu definitivamente em 2009, e em 2011 adotou a formação atual, comigo (Hebert) na guitarra e vocais e o Vadio comandando o batuque dos infernos.

CV: Quais são as principais influências da banda?
H: O punk rock 77 dá a tônica ao som da banda, mas cada um curte uma porrada de sons distintos, de Gories a Guilherme Arantes, e essa distinção nas influências acabam trazendo um gostinho de quero mais ao nosso som.

CV: Como rola o processo de composição das músicas e também das letras?
H: Rola de uma forma bem democrática. Geralmente o Mariones chega com as letras e melodias, aí nos os ensaios colocamos a “magia” de cada um, viradinhas malucas, solinhos propositalmente nas coxas e afins.

CV: Comentem sobre a cena de Rio Claro e cidades da região. Como está o atual momento para shows?
Mário Mariones: A cena de Rio Claro é fértil e 100% chapação. A cidade tem bandas fodas de punk rock, hardcore, metal, rock and roll. Posso destacar aqui algumas como Dezakato, Mordeth, Sacristia, Hal 9000, Marsh Gas. Do pessoal mais recente o Interceptor, Anguere, Funeral Sex, Carniceiro, Craniana, Coaggula, Head Bones, Delunes, Reagan, Foca Alada, o pessoal que toca em bandas de outras cercanias, como o Netão do Mullet Monster Mafia e o Matheus Campos do Krokodil. A cena é densa e prolífica, e o maior festival de Rio Claro é o Equinócio. Realizado anualmente, ele chega agora em sua décima quarta edição trazendo o Olho Seco e será uma grande honra para nós mais uma vez fazer parte do festival.
Já passaram por aqui Korzus, Ratos de Porão (em 2013, tocamos nesse dia, foi demais), Genocídio, Krisiun, só pra citar algumas. É um festival de caráter solidário, filantrópico que atrai uma legião de pessoas – e neste ano a entrada novamente será um litro de leite que será encaminhado ao Fundo Social de Solidariedade. A Antiga Estação Ferroviária vai tremer dia 9 de maio a partir da uma da tarde. Outro festival bacana é o Rock Feminino, que em sua última edição trouxe o Girlschool, com apresentação única e exclusiva no Brasil por aqui.
As cidades do interior de SP estão pegando fogo. Sabe aquela coisa de buteco, praça, farmácia e vizinhança na calçada, velhos amigos trocando ideia, tomando uma, curtindo um som? E é foda não citar São Carlos como um dos grandes centros catalisadores de toda essa usina - particularmente para nós do Garrafa. Ponto de encontro de amigos e bandas fudidaças. Inclusive é lá que estamos gravando nossos últimos trampos, com os irmãos da Pé de Macaco S/A, uma produtora audiovisual fodida, que faz a diferença.


CV: Como vocês veem o surgimento de várias bandas, de diversas vertentes do rock, principalmente no interior. Isso pode contribuir para aumento do público e também de locais para shows?
MM: Sem dúvida. Muitas bandas do barulho estão surgindo. É o velho ciclo de gerações em contínua formação e transformação. Quase sempre de forma solidária e criativa. Como diria o Hugo Brito, do Hippies not Dead: “o underground é construção”.

CV: Qual a principal “enrascada” que vocês entraram e qual o momento mais positivo de vocês como banda?
MM: Vixi, rolaram várias. No quesito bad trip: tocamos algumas vezes em São Paulo e no ABC nesses anos, e numa delas foi um pouco tenso, com o pessoal falando que uma gangue ia jogar bomba no local do evento, então o ambiente estava realmente contendo uma apreensão extra (risos). Em outras praias já rolou de sermos boicotados em festivais, geralmente pelo pessoal da mesa de som, que dá aquela tesourada no volume, sei lá porque, mas tudo isso é legal, faz parte.  Outra ocasião engraçada foi de um sujeito que viu a gente tocar num festival bacana e logo depois a todo custo insistiu que queria “empresariar” a banda e tal, cheio de conversa que “tinha um escritório e vários contatos”, daí a gente virou e disse “opa, firmeza”.
Momentos positivos foram alguns, bem agradáveis! Tocar com o Cólera e o Biohazard no Araraquara Rock em 2010 (conversámos na época com o Rédson sobre a possibilidade dele produzir um CD do Garrafa, e as conversações estavam adiantadas), tocar no extinto Porão em São Paulo com os punks cantando junto e pogando sem parar – ANIMAL - tocar em Santa Gertrudes no Revolution Pub, num festival organizado pela gente com uma puta galera e o lendário Excomungados tocando na sequência, tocar em Minas Gerais num festival muito massa (World Trash, grande festival!) junto com o Hippies not Dead, dividir o palco com o GBH em Americana, as sonzeras insanas em São Carlos, um bailão alucinante em São José dos Campos, outro em Avaré (no aniversário de 20 anos dos brothers do Ratazana) um rolê mágico em Rio Claro na casa de uns amigos, ao lado do mestres do Retaliatory de Belém fechando a noite, tocar ao lado dos irmãos destruidores do Shitfun de Petrolina, Pernambuco... são muitos momentos que a gente guarda com a maior alegria e satisfação. A gente é sem frescura, tranquilão, o que vale é a intensidade e a broderagem, o chão é nossa casa.


CV: Quem é o público que os ouve?
MM: Do ouvinte “macro” ao “micro”, e “para todas as idades”. Penso que é a galera que curte aquele som toscão, divertidão, mas é difícil rotular: talvez seja o pessoal que ouça rock and roll em geral (ou não), metal, punk rock, aquele rock cachaça torto, ou que ouve um som mais cru e sem firula. E tem os doideira lá da gringolândia também.

CV: Quais as metas da banda para os próximos meses?
MM: Vamos gravar um trampo novo agora em junho. E vamos soltar mais um split de inéditas ao lado do lendário Hippies not Dead, banda fodida de São Carlos, irmãos atuantes no underground desde 1995.

CV: Grato pelo papo e deixo espaço para “merchan”, críticas e o que quiserem falar.
MM e H: Nós que agradecemos, brigadão pelo espaço! Sempre escutamos o Canibal Vegetariano, queria inclusive aqui deixar um abraço ao Vareta Baqueta do Ação Tóxica, que foi quem me apresentou (Mariones) esse grande programa radiofônico que faz a alegria da galera nas noites de segunda. O blog é bem bacana também, mesclando sonzera com cultura em geral, jornalismo de prima. E no mais é isso aí capetada: valeu pela força! Ouçam nosso novo disco, “Back to Bacana”, e aumentem o som que o pogo é o fogo, união e fuleragem sempre! Abração!
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